sábado, 29 de agosto de 2009

Warrior

O que será? Às vezes acho que é uma seta, indicando um caminho. Às vezes acho que é um telescópio, mostrando algo longe, mas que está lá. Algumas vezes parece mais uma estrada, sem sinalização, mas com aquela vista que te chama pra seguir em frente, sabe? Às vezes é mais como um livro, que explica em versos tudo que você não deveria mais fazer. Outras vezes é como um perfume, daqueles que fazem você pôr a cabeça pra frente, empinar o nariz e sair seguindo o aroma. É quando eu vejo que o tempo às vezes quer pregar uma peça que eu mais sinto e vejo essas coisas. E eu continuo com medo de setas que apontam pra onde bem querem, telescópios visam muito longe, estradas são perigosas, dificilmente ponho em pratica o que eu leio e até as melhores colônias podem ser irritantes, se você tem mesmo saudade é da falta de artificialidades.

Mudar, se acostumar, perseverar, por em pratica, caminhar e acreditar. É muito fácil falar.

Muito fácil.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Hard to Explain

Vida desregrada, mocinho sem causa, pessoas sem rumo, moleques da noite, comida regional, amigos ao lado, carro surrado, planos desfeitos, surpresas boas, pessoas do bem, rodinha de samba, me tirem daqui, piada de chapéu, olhares secretos, bebidas alcoólicas, musica de Angola, amigos da África, dama de vermelho, mais olhares, cabelo legal, fica pra próxima, tchau, amigos de novo, amigos pra sempre, risadas, banco azul, quarto, tênis, bananas, bota, abraço, cachorro, risadas, falta de ar, não tem problema, chave, em casa.

Sem planejar, sem se preocupar. Não é o que queria, porque lamentos?

A vida é boa, viva!

domingo, 23 de agosto de 2009

Dois Barcos

Realmente tenho me especializado em escrever bobagens aqui. Mas bobagens que me são muito úteis. Pois normalmente tem me feito bem externá-las. Embora eu já conhecesse esse “alivio pós-postagem” através de outros blogs que tive. Mas neste aqui a sensação de alivio é um pouco maior. Parece não fazer muita diferença, mas não usar mais de ficção, comparações ou qualquer tipo de pano de fundo para escrever, é algo novo pra mim. De forma que antes, nos outros blogs eu me sentia meio frustrado, nunca totalmente aliviado ou nunca totalmente responsável pelo o que quer que fosse. Eu era alguém escrevendo como se fosse alguém ou junto de outro alguém. Mas agora sou eu, escrevendo o que quero, quando quero, ouvindo a musica que eu achar que combina, publicando “em meu nome” e às vezes convidando leitores.

Orkut
Sorte de hoje: A mudança é a lei da vida

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pirraça

É engraçado como as coisas se completam tão bem apesar das diferenças, né?
Tipo, parando pra pensar: Goiabada com queijo, Arroz com feijão, filé com batata frita e até mesmo as esquisitices. Tipo feijoada com laranja, arroz com açúcar, feijão com queijo, ketchup com leite... Enfim. O mundo é louco. Toda essa mistureba de secos com molhados, doces com salgados, grudento com lisos, amargos com insípidos, molho de tomate com lacticínios, Ney com Latorraca e por ai vai. Tudo é válido, tudo é permitido.

E isso é só pra dizer que eu voltei a fazer 3 refeições por dia :P

Ganhei mais 200 gramas :)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Compaixão

Você sabe o significado da palavra padrinho?
Pois bem: Padrinho

s.m. Aquele que leva uma criança à pia batismal, ou a acompanha no sacramento da crisma. / Pessoa que serve de testemunha em atos solenes, como casamento, colação de grau etc. / Patrono, protetor; defensor. / O que é escolhido para assistir à cerimônia da bênção de um navio, avião etc., e dar-lhe o nome.

Eu tive de pesquisar isso na internet pra encher lingüiça aqui. Mas desde o dia do meu batizado eu carrego comigo um conceito que considero o mais correto para essa palavra e para o que ela representa. Como eu fui batizado com idade suficiente pra me lembrar da cerimônia, eu também tive o privilegio de escolher quem eu queria quem fosse meus padrinhos. E assim o fiz, não lembro bem baseado em que, mas posso dizer que acertei muito na escolha. E a cerimônia não poderia ter sido mais perfeita, na varanda da casa da minha avó, com a família da minha mãe em volta, espalhada pelo lugar em meio às redes e cadeiras antigas de madeira e couro que existem até hoje e sempre me trazem boas lembranças. Como a lembrança do tal conceito que eu falei ali em cima. Ele saiu da boca de um padre, o padre Pedro, que era um daqueles padres de antigamente, ele freqüentava a casa da minha avó pra conversar, comer doce, contar e ouvir historia e até pra ser padre, como foi o caso nesse dia. Pois é, assim como um vigário particular ele fez um batismo coletivo domiciliar, porque nesse dia foram batizados também minha irmã e alguns primos, além de mim, é claro.
Pois bem, o padre então era gente boa, mesmo sendo gordo, não usando terninho e nem tendo CD gravado. Mas ele tinha carisma, e sempre dizia umas coisas que se aproveitavam, quase sempre em tom bem humorado. E como eu sempre prezei muito pelo bom humor na religião, ouvi atentamente enquanto ele explicava o apadrinhamento: Serei curto e grosso, disse o padre. Vocês agora serão padrinhos e essas crianças, suas afilhadas. Ou seja, pais e filhos. Porque é assim que deve ser a relação de vocês, como se fossem os segundos pais. Embora isso quase sempre sobre para os avôs.

Depois disso, houve festa e comilança...

E foi desse dia que me lembrei automaticamente na semana passada, quando recebi meu primeiro convite pra ser padrinho. E eu to muito contente com isso, e vou fazer o maximo pra ser um bom padrinho. Pra ver se a mãe do meu afilhado não se arrepende.

sábado, 15 de agosto de 2009

Turn

Sobre a viagem

É bom estar de volta. Com novo fôlego, respirando um pouco melhor que antes. Se restabelecendo, recebendo as boas noticias, recebendo os abraços e as perguntas. Trazendo mensagens e experiências.

Dando tempo ou tempo e usando-o a meu favor. Voltando a sentir como eu sentia antes, organizando as idéias, esquecendo outras, modificando raciocínios, acalmando o coração, livrando espaços, preenchendo outros, levantando, mudando, mantendo, interpretando, alterando. No final, o que tanto se temia não é tão ruim assim. É amargo no começo, falta o ar, acelera o coração. Mas abre seus olhos, muda sua cabeça e seus sentimentos. Não é droga, é estrada.

Não é pra fazer muito sentido mesmo, só queria escrever. Marcar que to de volta e como me sinto.
Senti falta de todos.

sábado, 8 de agosto de 2009

Velhos Amigos

Dizem que quando alguém é presenteado com uma faca, esse alguém deve dar ao seu presenteador, uma moeda. De qualquer valor, tamanho ou época, pois o importante é a troca dos metais. É uma superstição antiga mas com um apelo forte que à vem mantendo até hoje. Pois reza a lenda que sem a troca dos metais, ou seja, a volta da moeda como agradecimento, o aço da faca, em muitos ou poucos dias acaba cortando a amizade dos dois.

Bem, é a lei dos homens, embora essa seja mais viva por conta de um ou dois conservadores e saudosistas. Homens que gostam de manter os velhos costumes pelas mais diversas razões. Pois bem, acreditar não é preciso, mas na duvida. Dê a moeda.
Mas hoje eu lembrei disso porque não soube o que fazer quando ganhei de presente, uma moeda. Eu procurei em todos os cantos da lembrança em busca da resposta de como retribuir a altura o inesperado presente, mas não achei solução alguma. E disse um muito obrigado. O fato é que esses estranhos segundos que poderiam não significar nada, me fizeram pensar sobre como as pessoas me surpreendem e me fazem surpreender comigo mesmo. Eu estou deixando Primavera e poderia listar varias coisas que queria ter feito e não fiz, vários lugares que gostaria de ter conhecido e não conheci, e até comidas que eu quis provar e não provei. Por desanimo, talvez ou falta de grana ou ainda por preguiça. Mas mesmo assim sem planejar você acaba conhecendo uma infinidade de coisas novas, novas paisagens, novos sabores e por ai vai. E isso acontece por causa das pessoas que você nem pensava em conhecer, nem sabia que se dariam bem e muito menos que deixariam em você uma vontade de voltar pra visitar. Poderia até chamar de saudade, mas não sei bem se é isso e se for, prefiro fingir que não é. Porque quando to voltando eu gosto de sentir saudade de onde estou indo. Sem falar da saudade que já me acompanha em tempo integral.

Então eu fiquei pensando enquanto não dormia... Não precisa mesmo devolver nada quando se ganha uma moeda. Não precisa mesmo esperar que a cidade seja interessante e muito menos que as pessoas sejam legais com você ou pra você. E embora uma pessoa tenha me dito isso quase que dessa mesma forma, eu funciono melhor a base de exemplos e experiências. Isso é fato.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Parece Castigo

Putz! Tanta coisa aconteceu que eu nem sei por onde começar. Então eu vou dividir esse post em setores. Setores da minha vida e da vida alheia que acaba influenciando na minha.

Certo?

Vamos lá...

S.P. (Setor Profissional) – Eu tive boas surpresas nessa área, sabe? Quando você ta perto de se formar numa coisa e você faz uma viagem pra um lugar onde seu curso é mais valorizado do que aqueles (que nem preciso citar) outros cursos famosos. Faz muito bem pra cabeça. Claro que você ainda vai precisar se destacar no meio da multidão, mas com isso a gente vive. O que não dava era pra ficar contente no meio de tanta gente que não no que ce ta se formando. Mas como não sou do tipo “ei, eu faço isso e é importante”, deixa para lá. Aqui o povo sabe o que eu curso :)

S.I. (Setor Imobiliário) – Quando eu crescer, vou querer morar numa casa como essa que minha irmã ta morando. Não pra sempre, mas numa fase da vida, sabe? Aquela em que se é novo na cidade e tem seu primeiro emprego na sua área de formação. Eu gostei muito daqui.

S.P.V.T. (Setor de Passeios, Viagens e Turismo) – To gostando do lugar, embora eu precise conhecer muita coisa ainda e o tempo está ficando curto. Nem me perguntem por que eu não conheci as coisas antes. Enfim, fui num clube de fontes termais, sempre quis conhecer um, e quando conheci me decepcionei. Não que o lugar seja feio ou a coisa seja ruim, mas é que me levaram lá num dia quente :( ... Ah, mas eu vou voltar lá num dia frio. E penso que vai ser bom danado hehehe.

S.M.E. (Setor de Moda e Estilo) – Comprei um mega chapéu de couro fodastico e barganhei como nunca por ele. Então fiquei feliz com a aquisição. Vou guardá-lo até ter meu cavalo (não que precise necessariamente ter o cavalo pra usar o chapéu, mas é bem mais legal).

S.S.D. (Setor de Saúde e Alimentação e Desportos) – Eu engordei, ainda não pesei pra ver quanto, mas é fato, engordei. Daqui eu vou tentar manter algumas coisas no meu cardápio. Tipo aveia, granola, açaí e rúcula. Tem um esporte aqui que fiquei doido pra aprender. Chama laço, e pelo nome já da pra adivinhar o que é. Você tem que laçar o bezerro ou no pescoço ou no pé. Enfim, não vou explicar muito, mas isso ta nos meus planos agora, só que antes, mais uma vez, preciso ter o cavalo. Antes desse esporte eu talvez comece mesmo a praticar tênis, como eu já vinha querendo faz algum tempo.


S.I.C. (Setor de Interações e Comunicação) – Aprendi que sulistas são mesmo fechados. Mato-grossenses não são tão abertos quanto acham que são e russos são estranhos, brutos, insensíveis e brancos como leite pasteurizado. E portanto não sou ou pelo menos deixei de ser parecido com esse povo. Acho que alguém precisa conhecer um russo (tá Vini?).

S.L.S. (Setor de Lingüística e Sotaques) – Pra começar eu sei que o trema foi extinto, mas eu quero que se f... essa reforma. Assim como quero que se f... o negocio do orgulho da sua terra e seu sotaque. Mesmo aqui no Mato Grosso eu continua falando como Goiano. E qualé o problema disso, “uai”? Então eu vou deixar minha língua dizer o que quiser porque acho “bão” ter “liberrrdadê” “sô”.

S.M.C.A. (Setor de Musica, Cultura e Artes) – Gente, não é segredo pra ninguém que gosto de sertanejo. Sempre gostei desde criança, mas andei desencantado com os “Amigos”, né? Porque é só o que divulgam, mas vim aqui onde esses “bicho” nascem e conheci um monte de dupla nova.

S.S.A.R.A. (Setor Sentimental, Amoroso e Relacionamentos Afetivos)– Esse setor passou por uma reforma recentemente, a diretoria ta vendo se ele vai mudar de sala e ganhar nova estrutura e aparelhagem. O que da pra dizer no momento é que esse setor encontra-se acompanhando 5 ou 6 processos conjugais ainda não resolvidos, que correm em silencio na justiça (ou minha cabeça) e que ações de indenização, processos de contratação e demissão de pessoal encontram-se arquivados para analise posterior.


Bom... talvez não tenha falado de todos os setores. Mas falei de todos que me são permitidos pelo S.L.S.J. (Setor de Lembranças, Sanidade e Juízo).Que pelo que sei, vai bem e consegue administrar direitinho os outros setores. Mas também posso estar enganado e não saber o que to dizendo. Só que não importa porque depois que eu postar eu esqueço :)